sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

SEGURANÇA E SAUDE - O que eles têm em comum?

Todos os dias ficamos sabendo de mais uma morte provocada pela "incompetência" e a "má formação" de policiais. Hoje em dia, como se não bastasse tanto, vemos nascer várias outras formas de violência que chega a ser difícil ter que compará-las. Aliás, com a violência não há qualquer comparação. Além do mais, os elementos que promovem e dão sustento a violência é que não há mesmo como os comparar. São únicos e ainda bem. São pares da imoralidade, são o sacrifício da forma, mais natural e correta, que não faz falta na consciência do homem. Entretanto, as estatísticas apontam para a falta de qualificação de mão-de-obra no escasso mercado de trabalho, enquanto mostram que a qualidade na formação dos profissionais está seriamente comprometida principalmente nos órgãos que deveriam assegurar uma melhor qualidade de vida para o cidadão... Sistemas e Conceitos que são responsáveis por essas mudanças trágicas e quase irreversíveis no homem, são aquelas partes que há muito vêem o seu semelhante como um meio, uma via para o pesado tráfico de suas influências que de nada serve ao mundo que deve ser pensado de uma forma mais natural. São elementos que nascem, acontecem e se propagam meio a outros que, com características e diferentes essências, acabam por se contraporem apesar da tão confundível e inevitável junção, a interminável mistura entre o trigo e o joio, o trabalho e o pão, o arbítrio e a opção. As acusações e denuncias são quase sempre de forma ignorante, tedenciosa e precipitada e nunca trazem de concreto uma séria e descomprometida discussão. As pessoas são compelidas cada vez mais a pensar com a cabeça do Estado e as razões vão se perdendo de geração em geração. Há uma controversa harmonia entre as pessoas que já não se sustentam e se confundem em seus princípios, conceitos ou determinações. Na escola ainda falta a disciplina do auto conhecimento e as matérias ainda passadas, algumas, de forma quase arbitrária, mostram o quanto se respira nesse imenso espaço cultural, a sofrível e lamentável cultura da alienação, da desinformação e da má formação.O homem troca, vende, negocia o seu estado de consciência, o seu livre arbítrio, a sua supremacia, pela subordinada e irrepreensível condição. Condiciona-se a tudo, acostuma-se com tudo, conforma-se com tudo e se acomoda, se incomodando por vezes com aqueles que tentam, relutam e não querem se acomodar...E, portanto, diz-se que a polícia atira antes para depois identificar a sua vítima, o que faz de forma contrária o sistema público de saúde que vagarosa e criteriosamente, identifica suas vítimas ainda nos corredores, nas filas, nos guichés e bancos de uma suja e desprezível recepção de hospital ou clínica; preenchendo fichas, coletando dados de uma maneira tão formal quanto ignorante, absorta e totalmente alheia ao sofrimento e a fragilidade humana. Agentes despreparados e sem conhecimento algum, da área em que atuam, procuram preencher extensos questionários inoportunos e inadequados para o momento de pessoas visivelmente moribundas, que não chegam sequer a ser atendidas no consultório médico, morrendo, por vezes, jogadas pelo corredor, esquecidas ao chão.
Qual a formação que quero prá mim? Qual atendimento e com que finalidade e intenção eu devo ser atendido enquanto um ser humano, independente de ser reconhecido como um cidadão?
“…uma motorista com um filho menor a bordo, estaciona o seu carro de maneira ordeira e regular numa berma para que a viatura policial possa passar e dar prosseguimento a uma caçada a meliantes que trafegam em alta velocidade pela via… a policia pára atrás e metralha o carro da motorista ingenua, temerosa e bem-intencionada que vê o filho a seu lado ser morto pelos policiais bandidos, destemidos, mal-intencionados e despreparados que espalham terror e fazem da criança mais uma de suas inúmeras vitimas mortais”. E os meliantes continuam impunes e em fuga, a polícia mata inocentes e esta cena ainda muitas vezes se repetiria...
" Um pai chega ao hospital com a filha que vai dar a luz. Desesperado vai ao pronto-socorro explica a situação da filha que se contorce num extenso banco de madeira que não tem condições nenhuma de receber o seu corpo que necessita urgentemente de posições mais confortáveis e adequadas. A atendente, de idade bem avançada, não tem mais a ágilidade e a dinâmica que um dia pode ter sido a sua marca na incansável função (de também má formação?); não tem noção alguma de procedimentos médicos ou conhece sequer a rotina de uma urgência que exige prontidão. No entanto, paulatinamente e sem demonstrar qualquer senso de prestabilidade e dedicação começa a indagar ao pai impaciente e inconformado, os dados da parturiente que vê o sangue a escorrer-lhe pelas entranhas, sentindo medo de morrer com o seu filho ou de ver seu filho morrer por si. - “...de que interessa agora nome, morada ou numero – disse com pouco fôlego a angustiada gestante - eu só preciso de alguém prá me ajudar agora...”
A quem interessa o mau atendimento nas instituições públicas e privadas, a quem interessaria a desarmonia, a falta de respeito aos direitos naturais do homem, a quem interessa os ideais e as ideias de guerra, de divisão e preconceitos? E a quem realmente interessa a ideia de Paz , a promoção da alegria e do relacionamento sadio, humano e solidário, não pela imposição de seus falsos valores, pela corrupção ou pela hipocrisia mas sim pela sensibilidade e arbítrio por uma razão moral que é inata ao próprio homem?!

O Cético

Após longa conversa com um Portugues, ateu, que dividia comigo uma morada de temporada, na Freguesia de Amor, no Conselho de Leiria, em Portugal, o qual insistia em questionar a perfeição de Deus defendida pelos Cristãos, uma vez que, segundo ele, o Homen não poderia ser imagem e semelhança do criador devido as imperfeições do carater humano, de suas deficiencias e seus pecados. "Ademais - dizia ele - a terra não tem um desenho geométrico perfeito, o lado mau do homem revela um erro, ou seja, uma imperfeição,..." etc. e etc. Decidi então que analisaria a nossa conversa e concluiria, de alguma forma, o teor da mesma, revelando em mim a tradução daquele diálogo que pareceu polêmico e desafiador, muito embora, esta foi sem dúvida mais uma troca de idéias, informações e conhecimentos, como todos os outros desafios a que estamos exposto no nosso dia - dia. Entretanto, basta ter sensibilidade e dicernimento para falar sobre, até mesmo aquelas coisas que são de fato, mensagens ou inspiração do próprio Deus...

Por Deus

Eu creio num Deus Pai
que é todo poderoso
como a sombra que me arrefece o calor
creio no amor de um ser tão divino
que desde menino me acompanhou

Creio em Deus Pai
como o vento que sopra
e transporta-me nos braços
onde quer me levar

Creio nos passos, no voo, na luz
creio na força que me conduz,
no ar que me faz respirar
creio no tudo que seja sagrado
e me leve até Deus
Creio em mim, em você e nos seus
na verdade do verbo
que o tempo traduzirá.

Creio na força que brota na terra,
nos 7 palmos que encerra
um outro ciclo de vida.
E creio no amor

Creio na Paz que existe no mundo
Creio no humano
esse ser tão profundo
quanto o abismo que o criou.