sábado, 2 de dezembro de 2017

Sustentável ou Tolerável


Num Pais em que cada vez mais as pessoas se tornam intolerantes, impacientes, com "pavios curtos" e, por pouco se mata e se morre como, inclusive, é divulgado insistentemente pelos meios de comunicação, tragedias que ocorrem nos EUA e também em todo o mundo, franco atiradores em escolas, igrejas, estádios e até nas ruas. Jovens,adolescentes,moços e velhos, o terror e a violência não escolhe tempo, lugar, idade,sexo ou religião. A intolerância instalada no cotidiano, no dia a dia, é quase que um componente obrigatoriamente já admitido como uma necessidade essencial na vida de todos. É como se tivéssemos a obrigação de viver desconfiados, sempre atentos e bem armados, pronto para a defesa de ataques iminentes e surpreendentes. Em um bairro residencial observo discussões de moradores que protestam sobre uma escola publica ensaiando a turma de alunos para o desfile escolar em uma quadra sem a devida barreira que possa pelo menos aliviar o estrondoso som dos instrumentos que incomodam trabalhadores de incansáveis jornadas noturnas e não conseguem dormir no tempo que lhe sobra. Para essa pratica cívica podemos ponderar que as quadras e espaços, ociosos ás vezes, que estão nos quarteis da policia e batalhão do Exercito, podem muito bem servir para esse aprendizado. Muito embora, acredito que civismo é mais a noção de respeito ao espaço do outro do que propriamente ilustrar, de forma caricata, uma pratica que é muito mais do que um simples projeto de ocasião que visa promover um interesse que nem sempre vai de encontro as necessidades de uma educação coletiva. Outrossim, a maneira que se comporta vendedores ambulantes com seus megafones de sons estridentes, a insistente campainha sem autorização em domicilio dos outros, buzinas de carros de pessoas mal educadas e sem o devido senso de coletividade, motoristas que ouvem o som do carro nas alturas como se obrigasse o outro a curtir os seus estilos musicais; igrejas em espaços minúsculos, quase sempre numa pequena porta de comercio que já foi buteco, bazar, e até garagem, onde pessoas se auto intitulam pastores ostentam um calendário de tres dias de culto e atividades para depois ficarem de domingo á domingo e, aos berros vendem a palavra de Deus sempre lembrando do nome de Satanás. Enquanto pessoas não conseguem sequer conversar em família dentro de sua própria casa; enquanto idosos acamados clamam por um pouco mais de respeito e daí por diante... Devemos, contudo, ressaltar que Cristo quando ia Orar era seguido por alguns que se sentiam tocados pela sua fé e não convocados aos gritos para depois depositarem numa sacolinha colorida a "oferta" que quase sempre se imagina ao que será destinado. No transito depara-se sempre com os mais afoitos e estressados que ignoram as estatísticas e preferem correr o risco e colocar o outro em risco ultrapassando sinais e se achando dono em todas as preferenciais. Existe também os que querem se auto promover e esquecem que o outro de quem está falando pode não estar presente e subestima a capacidade do ausente vir a saber que foi alvo de calunia e difamações e daí o resultado pode não ser do agrado de ninguém. Sim, sem sombra de duvidas que quem tiver um pouquinho de entendimento, compreensão, amor ao próximo e o discernimento de que todo criador vê com bons olhos e ama a sua criação, colocaria em primeiro lugar como imprescindível na lição do seu dia a dia, a verdade cada vez mais associada a tolerância.
Precisamos, nós a humanidade temos urgência em não discutir mas sim, praticar a tolerância racial, religiosa, social, civil, etc. pois, num mundo cada vez mais concorrido, corrompido em virtude de ser "o mundo Globalizado", discute-se a necessidade de ser sustentável quando nem consegue ser tolerável.

Reflexão em véspera de eleição


Daqui a poucos dias teremos Eleições. 2018 se aproxima, portanto, não é nada tão medonho quanto se pinta, tão pouco desesperador. Será surpreendente, isto sim, pois assim é que deve ser. Como dito por certo filósofo: "nunca devemos nos acostumar com nada, mas devemos sempre ficar surpreso com tudo." Assim como também nunca teremos certeza de nada ( como quer IBOPE, VEJA e DATA FOLHA) "á não ser a certeza da morte e dos tributos(contas de água, luz, condomínio,etc.)" que nunca falham ao final do mês. Entretanto, não podemos nos indispor uns com os outros por essa ou aquela escolha. O objetivo de muitos candidatos será sempre o mesmo e cabe tão somente á eles julgarem as suas intenções. Ao cidadão e cidadã, cabe o exercício democrático da escolha independente do grau de parentesco, afinidade e até comprometimento que se tenha com o postulante ao cargo político. É claro e muito “claro” que ainda temos um nível de consciência política ainda muito aquém da que idealizamos, pelo menos no meu caso. Ainda vejo muito eleitor iludido com “tapinhas nas costas”, “beijinhos em crianças”, “festas e churrascos” promovidos por certos candidatos, distribuição de uma coisa ou outra, a obrigação de se fazer bandeiraço em semáforos para manter um contrato de trabalho como servidor e tantas outras formas de aliciamento e coerção que, infelizmente, tendo vivido sob e conhecido outras formas de regime político em outros Países, posso compreender a dificuldade de nosso povo em saber como reagir á essa dinâmica política com enredos tão macabros quanto medonhos, cheia de intenções espúrias e interesses escusos e de forma cada vez mais surpreendente como uma marca ou uma vergonhosa mancha já patenteada na cara da sociedade brasileira. A corrupção é notadamente um câncer e as células contaminadas provem de certas organizações de bairros, ruas, filas de bancos, escolas e faculdades, nos balcões de supermercados e instituições onde desde o mais simples ao mais sofisticado cargo ou função, se facilita, se oculta, se vende ou se troca por favores que nunca beneficiam o coletivo mas sim algum interesse em particular. Eu, confessadamente, sou adepto de uma filosofia política que já foi bravamente defendida por um dos maiores, se não o maior, partido político do Brasil. Adotei e procuro praticar essas ações políticas que considero viáveis aqueles que as compreendem e até aqueles que ignoram ou não aceitem. Hoje, por quase 40 anos, ainda persigo os mesmos ideais. Fiel ás minhas convicções. E, devo acrescentar que muitos que me ajudaram a construir essas ideias e filosofias de cunho politico partidário e social nao foram durante esse tempo e nem mais o saõ tanto quanto eu. O fato de não aceitar uma ideia é super louvável, o que não é aceitável é a promiscuidade, a dissimulação e a covardia. "O Homem pode morrer. Nações podem subir e tombar mas os ideais de um Homem não morrem..." É uma excelente prova de que devemos sim ter as nossas próprias idéias e não ser submisso ás ações ou opiniões dos outros. Sempre procurei e procuro não ostentar em meu carro propaganda política, nome de candidato ou sequer de minha agremiação política. Outrossim, nunca neguei a exposição de meus ideais políticos ou minhas tendências político partidárias por constrangimento, vergonha ou covardia. Muito embora já tenha sofrido pressões, discriminações, preconceitos e injurias por isso. E, francamente, muitos ainda sofrem esses dissabores, preconceitos e discriminações em grupos restritos de convivência e até na própria família. Devo ressaltar, contudo, que tudo isso acontecendo comigo é porque não só gosto do diálogo franco, destemido, descompromissado e autentico como gosto também  de compreender ainda mais, até quanto e quando possível, a capacidade do ser humano em reagir, em retrucar, em definir de forma sincera as suas verdadeiras convicções e a noção de conviver com as diferentes linhas que perseguem a trajetória indecifrável da complexidade humana.

Postado por Madson às 11:19

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