domingo, 27 de fevereiro de 2011

Acessibilidade aonde, prá onde, prá quem?

Muito se fala em acesibilidade. Projetos e estudos consomem tempo e dinheiro de mentes tão descomprometidas quanto irresponsáveis e a sociedade vai cada vez mais se adequando timida e passivamente com as intercorrencias causada por essa expressiva falha de governos que se beneficiam desta carencia coletiva para desvios de verbas publicas e argumentos de palanque em época de eleição.
Governos municipais criam até leis para punir servidores, como por exemplo obrigar motorista, em exercicio da função, á pagar multa de carro de Locadora, mas não é capaz de padronizar, organizar sequer as calçadas de estabelecimentos comerciais e residencias; promover a educação de crianças que são refens da falta de transporte escolar, que não conseguem pagar passagens caras num transporte publico precário em vias perigosas, etc.
Considero um grande atraso bem como enorme ignorancia do poder executivo, isso prá não dizer incompetencia e desrespeito destes, quando tenho conhecimento de fatos agravantes no dia dia do cidadão que escorrega em uma calçada, que passa por algumas delas esburacada e outras tantas desnivelada; falta marquises, sobram obstáculos e tantos outros incomodos que causam transtorno á população. Entretanto, nada me causa mais desconforto e me deixa tão inconformado quanto o fato de ver que a Secretaria de Educação do Municipio de Vila Velha, que tem um contigente de alunos cadeirantes considerável ( pelo menos 14 alunos e seis Comunidades que reinvindicam esse direito tenho em meus registros), permita que os onibus comprados com verba Federal especificamente para atender a esses alunos Portadores de Necessidade Especial sejam utilizados para excursões, cinemas e passeios de crianças ditas “normais” e até mesmo para atender funerais, isto é, desviando recursos de quem precisa para atender outros interesses e, sabe-se lá quais. Com essa medida fica a conotação de que alguma coisa anda errada: Contrato fraudulento com transporte escolar terceirizado, desvio de verba publica, corrupção e suborno por parte daqueles que deveriam gerir melhor o setor de transporte da Secretaria, etc. Enquanto isso, vemos crianças serem conduzidas pelas mãos de suas mães ou um irmão mais velho beirando as marginais de uma estrada sem qualquer segurança, outras como Luiz Henrique, Emerson Basílio,o Enzo,a Sarah... todas essas crianças, das quais algumas tive contato direto e expressaram o desejo de estar na escola. Cadeirantes, portadoras de alguma deficiencia fisica e, portanto, muito especiais. Levá-las á escola não é só uma obrigação mas uma forma de respeito com o próximo e uma atitude responsável para com a cultura e o futuro de nosso País, não obstante um dos maiores exemplos que se pode legar a Humanidade; No entanto, é reconfortante, animador e causa orgulho ver uma mãe que foi matéria de reportagem, com bravura e uma estupenda força de vontade, força essa que passa para sua criança que tem limitações físicas mas não mental, carregando o filho carinhosamente acomodado num carrinho de mão e entregando á professora o seu mais precioso bem, o qual, parece que só ela tem pois aqueles que deveriam lhes proporcionar melhores condições de vida parece que nunca tiveram mãe e, se tiveram não reconhecem o minimo de bem que essas tenham lhe proporcionado, pois se assim fosse, valorizariam um pouco mais o sentimento materno e respeitariam um irmão.