terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PEDAGOGIA 1

CADEIRA VAZIA

Na antesala do pretenso “chefe” havia uma cadeira vazia.
Na sala deste pretenso “chefe” havia mais 4 mesas que rodeavam a sua; nelas, tres funcionarias fingiam que trabalhavam enquanto o suposto “chefe” entrava e saia da sala de forma contínua. Por sorte as tres funcionárias nunca estavam ao mesmo tempo na sala, pois quando estavam eram como lavadeiras em beira de rio. E, se algum funcionário do mesmo deptº mas que não atuava naquele setor adentrasse o recinto, ahh! Elas demonstravam mau humor e reagiam com hostilidade.
Entretanto, felizmente e para compensar, ao lado da mesa do prepotente “chefe”, um cidadão sensato, prestimoso, humano, generoso e inteligente, trabalhava em silencio, sem chamar muito a atenção, a não ser pela sua postura centrada e semblante simpático. Vez ou outra ele era solicitado pelos colegas de sala para orientação de algum procedimento ou esclarecer duvidas até do ignorante “chefe” que era o verdadeiro retrato do funcionário publico relapso e de pouco conhecimento pela area que representava, mal, por sinal, uma vez que ocupava o cargo por apadrinhamento de algum político mafioso que se prevalece deste sistema fragil e corrupto que já vem se arrastando no cenário socio-político brasileiro de geração em geração. Mas o herói impoluto desta história, o profissional das multifunções, o salvador da pátria daquela seção, tinha uma história de vida simples e ocupava a sua cadeira por méritos próprios, o que num órgão público isto é muito difícil de se conceber, mas, temos que ser otimistas e pensar de que nem tudo está perdido...
Porem, um dia, como faço parte da equipe mas não pertenço a sala pois minhas atividades são extra sala, precisei de aproveitar um tempo ocioso para complementar um texto que apresentaria naquela semana, na Faculdade de Pedagogia e estudá-lo um pouco. Com esse intuito, ocupei na ante sala a cadeira vazia , utilizei o computador que estava sobre a mesa coberto por uma capa amarela e empoeirada. Foi aí que observei que a minha decisão causaria surpresa, não obstante o despeito, a inveja e o espanto nas pessoas ignorantes e inescrupulosas que logo não conseguiram esconder as suas pobres e asquerosas manifestações. E assim, cada um que entrava e saia da sala, que passava pelo corredor e me via do outro lado da porta de vidro, cabisbaixo, á ler e escrever de olho no monitor; nem sequer desconfiavam que propositadamente eu avaliava cada uma de suas reações. O colega generoso, o das multifunções e inegavelmente o mais sensato, foi o primeiro a se aproximar da mesa onde eu me encontrava. Ele havia ido até a cozinha e antes de regressar a sua sala estendeu-me um copo com café e me ofereceu. É seguro de que não me causou espanto em se tratando dele, pois de ninguem ali eu esperaria tal atitude tão sensivel quanto amistosa. Agradeci e tomei o cafezinho.
A segunda pessoa foi uma das cajazeiras que sentava próximo á mesa do “chefe” corrupto e prevaricador (dizem que ele tem um “esquema” com o Transporte Escolar terceirizado pelo orgão publico do municipio e gosta de uma troca de favor).
Ela veio á ante sala apanhar um objeto que estava em um armário que ficava ao lado da mesa que eu ocupava e não conseguiu disfarçar uma expressão que contraiu ainda mais a sua face realçando gravemente as rugas de sua pele pregueada. Muito embora ela sempre se portava e somente ela se considerava uma jovem mocinha, com a protuberancia de suas nádegas fez questão de esbarrar á mesa derrubando minha agenda ao chão. E, antes de sair ela viu o livro de ponto que estava sobre a mesa em que eu fazia meu trabalho; disse que ia aproveitar para assinar o ponto pois havia esquecido de fazê-lo durante todo o dia. E assim o fez. Quando acabou jogou a caneta e o livro sobre o texto que eu lia e ao mesmo tempo digitava; saiu, simplesmente como se eu não houvera percebido nada daquilo, como se eu não tivesse o direito de censurar a sua reação ignorante, a sua intenção ingloria de me atingir. No entanto, ela foi tão infeliz quanto o motorista puxa sacos que transava com a secretária de uma das salas do setor pedagógico; a “chefe” do Arquivo(que tambem tinha caso com o motorista do Prefeito) que arrogantemente certa vez fez uma abordagem desnecessária e equivocada á minha pessoa e ouviu o que não gostou e depois se arrependeu disso... enfim. Foram tantas as manifestações e em tão pouco tempo que só contribuiram com a minha decepção e tristeza ao contemplar comportamentos inadequados em pessoas inadequadas que ocupam por demérito e por politicagem um espaço na sala de uma Secretaria Municipal de Educação.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

De Novo!?

Quando entramos em um novo ano a impressão que temos é de que tudo vai mudar e, como num passe de mágica, de uma hora para outra, num simples 5,4,3,2,1... Pronto! E aí não teremos mais a preocupação das enchentes nas ruas, casas inundadas, barrancos desmoronando e levando propriedades, carros e pessoas perdidas e soterradas... enfin, não teremos filas kilometricas nos pontos de onibus, nas unidades de saude, nos corredores de hospitais. Não teremos mais falacias de politicos inescrupulosos, desemprego provocado por calunias e perseguições; a falsidade dos maus amigos, hipocrisias de ong’s e incoerencias familiares... e assim, todos os filhos das filhas serão netos e tambem os filhos dos filhos, sem discriminação e mais nada! Portanto, nada disso parece ser possivel mais. Nas ruas não haverá mais poluição sonora, visual, etc. Nos carros de auto escola não veremos mais os instrutores com o banco arriado ou falando no celular ao mesmo tempo em que o aluno faz manobras em locais proibidos, mudam de via sem acionar o pisca, ocupam o meio da pista sem qualquer noção de espaço ou lateralidade; não se ouvirá falar de campanhas de desarmamento pois não haverá armas para recolher, a policia será pacificadora, orientadora, eficaz, presente e impoluta. Não teremos advogados e sim juizes honestos e conscientes que exigirão cada vez mais atos corretos, capazes e adequados ao cidadão que não vê mais vantagem em querer levar vantagem. As crianças serão respeitadas como sempre foram na comunidade indigena, os mais velhos serão exemplos de vida e reserva histórica de rico contexto como exemplificado em algumas comunidades africanas, nenhum homossexual será atacado com lampadas, indios não serão queimados nas praças, imigrantes não serão explorados ou escravisados, serão todos um apoio moral e psicológico aos bebados e drogados, pois a origem de cada um será considerada e cada história de vida será estudada como se pudesse ter sido a historia de cada um. As reportagens na televisão não serão mais sensacionalistas e a desgraça do povo não será promovida para deleite de autoridades irresponsáveis ou parte de uma elite hipócrita, pelo contrário, os reporteres ao inves de focalizarem o desespero do povo direcionarão suas cameras aos verdadeiros responsáveis pelo bem da coletividade. Serão claramente sabatinados e cobrados desde lideres comunitarios, vereadores,Prefeitos e Secretários, Deputados, Senadores e Presidentes; chefes e pretensos chefes que deverão ter abolido em suas personalidades a intenção de carater chulo e ignorante e, a incorrigivel e incoveniente obstinação...
Contudo, o pipocar dos fogos não conseguirá abafar os gritos de prazer dos que foram um dia excluidos pois todos os animos, neste momento, estarão exaltados devido ao espírito brilhante e divino de uma sensação, de um sentimento coletivo, inebriante e divino, que ainda resiste comerando o pouquinho de amor que sobrou do Natal.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

POR UM MUNDO SEM ARMAS

Dia desses vi em um noticiário televisivo que num determinado Estado foram entregues 6000 (seis mil) armas ao Governo que esperava, em campanha de desarmamento, recolher um total de 240 mil que constavam nos arquivos como armas registradas nas mãos de particulares. Vejamos, portanto, que somente 2,5% do total dessas armas é que foram recolhidas e consequentemente compradas deste alegado Estado por preços que chegaram a R$ 300 (tresentos reais) cada.
É um absurdo que ainda temos que conviver com determinadas medidas, discussões, formas e opiniões sobre desarmamento quando na verdade uma realidade utópica mas não impossivel seria a tolerancia zero ás armas para evitar tanto desperdicio de dinheiro público, de vidas e até mesmo a degradação do proprio ser humano que deveria utilizar as suas ideias para o fabrico de outros instrumentos que promovam a vida, a harmonia e a tão desejada Paz. Sou contra as armas. Decididamente contra toda a forma de violencia gerada pela ignorancia, pelo preconceito e pela hipocrisia que impede ao cidadão o direito de ser livre e, como tal, ter e acreditar nesse mesmo direito que existe na essencia de cada um. O portar uma arma é, sem duvida alguma, a forma mais ridícula e inescrupulosa de retroagir e inferiorizar a espécie humana. Entretanto, em pleno séc.XXI, nós ainda convivemos com esta polemica que só é discutida para salvaguardar os interessas espúrios de uma classe dominante que promove a violencia explorando a boa fé de trabalhadores, jovens alienados e cidadãos de bem que acreditam ser possível a existencia de pessoas com escrupulos suficiente para representar os interesses do coletivo e que ainda sonham com uma Comunidade Socialista com uma politica capaz de reverter esse quadro caótico de oportunismos e oportunistas que só visam reeleições e praticam medidas covardes e incoerentes ludibriando o povo com suas retóricas recheadas de hipocrisia, heresia e utilizando a sua má indole para persuadir e determinar um fim até mesmo ao seu proprio meio.

Picaretagem & Maracutaias

Atualmente a Politica pública é exercida com desrespeito, descaso e principalmente uma dose exessiva de abuso. Isto tudo porque o tempero ainda é basicamente a semente da impunidade. Ouve-se muito dizer que prenderam Prefeitos, cassaram mandatos de governadores, aplicaram impeachment á determinado Presidente, levaram desembargadores para a Policia federal; etc. Mas ,no entanto, a prática da corrupção persiste, a desavergonhada prevaricação permanece, servidores são escolhidos á dedo por indicação de apadrinhados que não escondem nenhum pudor em colocar num cargo pessoas sem qualquer habilitação para tal, deixando de fora pessoas honestas e qualificadas. Isto porque o esquema de critérios que só interessam á poucos não pode acabar. Enquanto isso, numa Prefeitura Municipal, a Secretaria que devia cuidar de Obras faz buracos em avenidas para amentar ainda mais o sumidouro do dinheiro público. Carros e máquinas viram sucatas e as empresas terceirizadas prestadoras de seviços vão locupletando-se cada vez mais com os recursos destinados pelo Governo Federal á população da cidade que não percebe os presentes e agrados ofertados para filhos, netos e até genros de Vereadores e Deputados que não querem comprometer o seu nome com declarações de renda encomendadas com falcatruas e asssim permanecerem na controvertida lista da “ficha Limpa” que o possibilitará concorrer a outro cargo publico ou quem sabe uma reeleição.
Secretarias importantes e essenciais ao povo passam por uma degradação de assustar até aqueles mais assustados ou que não se assustam tão facilmente tamanha a facilidade assustadora de atitudes de certos gerentes e secretários.
Na Educação, os servidores têm diplomas de graduação, entretanto, passam por cima de seus próprios erros produzindo outros ainda piores e praticamente in corrigíveis. Escolas que são abrigos para marginais(literalmente), matrículas que não visam a possibilidade dos pais diante das dificuldades que estes enfrentam com deslocamento numa viciosa pratica de troca de favores; crianças são matriculadas em outros bairros bem mais distantes que o seu por não terem pais conhecidos de servidores, diretores ou outros que possam lhes ajudar com a pratica irrefreável da troca de favores que se estabelece cada vez mais forte nas atitudes de representantes inescrupulosos. Repugnante é a forma de escolha dos profissionais para ajudarem na melhora e na mais perfeita conformidade da qualidade de ensino. Critérios duvidosos num processo seletivo questionável mas que nunca consegue realmente punir aos irresponsáveis ou cobrar destes uma retratação frente áqueles a quem prejudicaram e constrangeram sem se importarem ou temerem autoridades de Ministerios Publicos, Advogados Trabalhistas ou qualquer outra forma de justiça num país em que prestam desserviço e promovem a cada ato baixado por uma autoridade ausente, inexperiente, incapaz e conivente as maiores injustiças com praticas incoerentes, cientes de que um dia o inconformismo passa e o grito dos que se acham prejudicados e excluidos logo irá se calar.
E enquanto a cidade dorme, o notívago é tal com um vagalume que pisca e enxerga em todos os mesmos costumes, os bons e os maus e, contudo, esconde no escuro o medo que sente de um dia tambem vir á se acostumar.