quinta-feira, 30 de abril de 2009

Esta história pode ser sua?

As historias talvez sejam quase iguais, porem, a interpretação destas é que certamente podem ser bem diferentes.
Uma pessoa que é mais nova jamais poderia ter conhecimento daquilo que foi realmente a vida de outra mais velha, se a mesma ainda não havia nascido. Só se sabe determinados detalhes de uma pessoa que viveu antes de outra quando há o interesse por essa pessoa que pode ter sido ou é uma personalidade, portanto, até que isso seja uma prova e, até onde se saiba não se sendo nenhuma personalidade, serão todos apenas pessoas comuns.
Na verdade, as pessoas até sabem de suas historias ou pelo menos deveriam saber, ter consciência disso e, assumi-la, se assim deve ser; para que não se intimidem ou se acovardem quando alguém lhes propuserem determinadas sugestões de seus comportamentos que podem ter sido marca em sua vida anterior, ou melhor, na sua história e assim, pode ser creditada á sua origem. Não é aconselhável, no entanto, é acovardar-se daquilo que se é e, por uma questão qualquer, não admitir. A esclerose, a esquizofrenia e os males de cunho neurológicos são simplesmente o reflexo de medos. São os fantasmas que se cria e dá-se a forma de coisas que se imagina para fugir de uma responsabilidade que não pode ser de mais ninguém. Não se deve, em absoluto, responsabilizar alguém por questões que próprias e tampouco admitir o que é um problema do outro como uma atitude de benevolência, correndo o risco de corromper o outro e tentar parecer um alguém bonzinho a fim de ganhar um troféu ou um premio Nobel. Não se deve comparar, conferir e/ou avaliar certas questões que não se tem o direito a tal juízo. A vida que foi dada de forma individual e intransferível deve ser de responsabilidade de cada um, para que não se confundam ou se percam em incontroláveis e incontidas intenções. Ouve-se dizer que pessoas empregam uma considerável parte de suas vidas em busca de explicações para aquilo que não têm consciência ou sequer refletiram com determinada convicção. Falam sobre regressão espiritual, tentando explicar suas vidas em outros planos sem ao menos atentarem para uma vida real, a qual em muitos casos se dando de forma vegetativa, devido a ignorância de suas terríveis contradições. Muitos alegam terem sido um valente soldado em épocas medievais; um alguém prestimoso que sofrera ofensa e maus tratos e agora retorna para servir ainda melhor ao seu algoz. Um marido, um irmão, um pai, um vizinho; sempre alguém que nunca sozinho, mas sempre acompanhado houvera sofrido ultraje ou ultrajado e agora retornam para a recompensa de um bem ou de um mal.
Existem homens que encontram em suas explicações uma convivência atribulada com uma parceira e procuram justificar a sua abjeta conduta, buscando aventuras desmedidas e incontroláveis com o sexo feminino, que nem mesmo Freud seria capaz de pensar. Vêem na vizinha, na irmã, na amiga e até na mãe uma companheira que fora perfeita ou mal entendida e que agora poderiam ter a chance de formarem um belo par, mas não querem aceitar o fato de ter sido um homossexual assumido ou enrustido, excluindo defeitos ou desvios que podem lhe incomodar.
Daí me pergunta o porquê de, ao invés de tentar regredir á um plano obscuro, á um mundo de idéias sem qualquer fundamentação, onde as emoções se misturam, os interesses se divergem e existe aí uma grande influencia de textos, fora de qualquer contexto, que foge completamente á uma sã compreensão, não mergulhem em si mesmos e descubram em suas consciências o sentido sincero de tudo, de suas vivencias; suas origens; encarando de olhos abertos (ou fechados), seus medos; seus fantasmas criados por uma condição covarde em que se escondem para não repensar a verdadeira origem de sua criação? Pode até ser muito bonito parecer-se fantasioso, dizer para todos de suas decrépitas e inefáveis ansiedades ornadas de uma suposta esperança, uma fé inabalável e inóspita que nem mesmo estes reconhecem a própria confirmação. Não são capazes de admitirem as suas verdades provindas de um berço materno, oxalá de uma consideração mais sincera e inquestionável de momentos inevitavelmente responsáveis e responsabilizados desde a sua real existência, desde o fato irrecusável das experiências prováveis e irreprováveis que formatam de fato desde a sua concepção. O ato da criação do homem em si não deve ser ignorado, tampouco pode ser descartável todo o sentido e intenção que trouxeram ao mundo a sua irrefletida e miserável formação.