Daqui a poucos
dias teremos eleições. 15 de outubro se aproxima, portanto, não é nada tão
medonho quanto se pinta, tão pouco desesperador. Será surpreendente, isto sim,
pois assim é que deve ser. Como dito por certo filósofo: nunca devemos nos acostumar
com nada, mas devemos sempre ficar surpreso com tudo. Assim como também nunca
teremos certeza de nada ( como quer IBOPE e DATAFOLHA) á não ser a certeza da
morte e dos tributos(contas de água, luz, condomínio,etc.) que nunca falham ao
final do mês. Entretanto, não podemos nos indispor uns com os outros por essa
ou aquela escolha. O objetivo dos candidatos será sempre o mesmo e cabe tão
somente á eles julgarem as suas intenções. Ao cidadão e cidadã, cabe o exercício
democrático da escolha independente do grau de parentesco, afinidade e até
comprometimento que se tenha com o postulante ao cargo político. É claro e
muito “claro” que ainda temos um nível de consciência política ainda muito aquém
da que idealizamos, pelo menos no meu caso. Ainda vejo muito eleitor iludido
com “tapinhas nas costas”, “beijinhos em crianças”, “festas e churrascos”
promovidos por certos candidatos, distribuição de uma coisa ou outra, a obrigação
de se fazer bandeiraço em semáforos para manter um contrato e tantas outras
formas de aliciamento e coerção que, infelizmente, tendo vivido sob e conhecido
outras formas de regime político na Europa, posso compreender a dificuldade de
nosso povo em saber como reagir á essa dinâmica política com enredos tão
macabros, cheia de intenções espúrias e interesses escusos e de forma cada vez
mais surpreendente como uma marca ou uma vergonhosa mancha já patenteada na
cara da sociedade brasileira. Eu, particularmente, sou adepto de uma filosofia política
que já foi bravamente defendida por um dos maiores, se não o maior, partido político
do Brasil. Adotei e procuro praticar essas ações políticas que considero viáveis
aqueles que as compreendem e até aqueles que ignoram ou não aceitem. O fato de
não aceitar uma idéia é super louvável. É uma excelente prova de que devemos
sim ter as nossas próprias idéias e não ser submisso ás ações ou opiniões dos
outros. Sempre procurei e procuro não ostentar em meu carro propaganda política,
nome de candidato ou sequer de minha agremiação política. Outrossim, nunca
neguei a exposição de meus ideais políticos ou minhas tendências político partidárias
por constrangimento, vergonha ou covardia. Muito embora já tenha sofrido pressões,
discriminações, preconceitos e injurias por isso. Mas tudo isso porque não só
gosto do diálogo franco, destemido, descompromissado e autentico como gosto de
compreender ainda mais, até quanto e quando possível, a capacidade do ser
humano em reagir, em retrucar, em definir de forma sincera as suas verdadeiras
convicções e a noção de conviver com as diferentes linhas que perseguem a
trajetória indecifrável da complexidade humana.
Neste espaço vou dividir um pouco de minhas idéias. Comente e acrescente este espaço. Exercite a liberdade de pensar, sem falar, apenas com toque de dedos que expressam tudo com a cumplicidade da mente. Entretanto, asseguro aos que venham "sambocar", "baculejar" ou "revirar" estas páginas para conclusões preconceituosas ou discriminatórias, saibam que é através de certas ignorâncias e manifestações tão medíocres quanto hipócritas que aprimoro o meu aprendizado. Assumo e não me acovardo!